Historia do peneu

Os pneus iguais aos que conhecemos hoje em dia apenas aparecerem em 1887
graças ao Sr. Dunlop. O Escocês John Boyd Dunlop, farto de ver o seu
filho ficar com fortes dores de cabeça quando andava de bicicleta,
inventou um pneu de borracha que quando cheio de ar absorvia as
irregularidades da estrada. Era assim inventado o primeiro pneu
pneumático! Ou talvez não. Robert William Thomson, conterrâneo de
Dunlop, provou que tinha registado a mesma patente 43 anos antes. Apesar
de na ideia de Thomson a parte exterior do pneu era feito de couro e
apenas a câmara-de-ar de borracha natural, Dunlop teve que prescindir do
título de inventor do pneu pneumático. Mesmo assim levou avante a sua
ideia, Thomson apesar de ser o “verdadeiro” inventor tinha desistido de
evoluir o pneu pneumático em prol dos pneus de borracha maciços, e em
1888 Dunlop passou a produzir e a comercializar os primeiros pneus
pneumáticos de borracha vulcanizada (a descoberta do processo de
vulcanização é atribuída a Charles Goodyear) para bicicletas.

Portanto o pneu foi inventado originalmente como um sistema de suspensão
para tornar os veículos mais confortáveis e as propriedades aderentes
da borracha que os constituía algo desprezadas. Logicamente os irmãos
Michelin em 1895 adaptaram o pneu de Dunlop para o seu automóvel de
corridas mas rapidamente descobriram que não era apenas conforto que
eles proporcionavam. E quando a Goodyear se juntou a Henry Ford para
equipar os seus modelos de competição a evolução do “anel” de borracha
cresceu exponencialmente e nunca mais parou, ainda hoje não param de
aparecer novidades neste campo.

A competição, como em muitos outros sistemas que encontramos nos
automóveis contemporâneos, é responsável pela evolução dos pneus. Sendo
os pneus o elo entre a estrada e o automóvel, o seu desempenho e
condição são elementos cruciais para um piloto aspirar a vitória. Desde
os troféus mono-marcas até à Fórmula 1 estamos habituados a ouvir os
pilotos a queixarem-se que não “tinham” pneus e que por isso não
conseguiram lutar pela vitória. Qualquer engenheiro de pista certamente
pode confirmar esta teoria, por mais potência que haja e por mais bem
afinada que esteja a suspensão e a aerodinâmica se os pneus não
estiverem à altura as hipóteses de cortar a meta no 1º lugar do pódio
são muito remotas. Nas corridas de turismos, onde os carros são bastante
pesados para os níveis de aderência, os pneus raramente conseguem
manter o seu desempenho máximo até metade da corrida. Muitas vezes quem
gere melhor o desgaste dos seus pneus acaba por vingar no fim, e ao
utilizar um carro com praticamente o mesmo peso e potência dos seus
adversários acaba por ultrapassá-los com uma relativa facilidade. Claro
que apenas o pneu por si só não resolve tudo, é necessário que a pressão
do ar (ou nitrogénio que é cada vez mais popular por variar pouco com a
temperatura) seja a correcta e a suspensão correctamente afinada e
alinhada de modo a permitir que o máximo de superfície de aderência do
pneu esteja em contacto com o solo.

Esta regra logicamente aplica-se aos carros de estrada, por isso devemos
verificar regularmente a pressão dos pneus e verificar o alinhamento e o
estado da direcção/suspensão quando instalamos pneus novos. Apenas
assim garantimos o seu desempenho máximo!

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